Esses contrastes que a
natureza se permite a ela mesma, encontramos olhando a um céu que
não conseguiu seu merecido azul uniforme depois de veranega
aventura...
Hoje nele flutuavam três
nuvens brancas, fitando das alturas um mundo lavado pelo verão...
Iluminadas, surgiram
maculadas pelos tons de branco de seus próprios contrastes e das
sombras inevitáveis que depositou sobre elas meu olhar enviesado e
alheio;
foto Lori de Almeida |
Tentando não molhar-se
com os respingos do anterior carnaval de águas acabado em chuva e
sol e luz e fundo azul...
Deslizavam, caminhando
seus passos invisíveis sobre o nada que as sustentava, sem pressa de
encontrar o horizonte que as despediría de minha realidade,
Jogavam e recreavam-se,
escondendo-me o azul, inventando-me os desenhos e as formas de minha
escassa imaginação de contemplador amateur...derrotado
pela melancolía:
Um céu assim é uma
sorte da natureza...e apenas ele nunca encontrará seu revés numa
casualidade destas. É nela onde ele encontra todo o esplendor de seu
ser; e esta casualidade é o fundo para todo os seus contrastes.
Meu pai sempre me acusou
de ter o pensamento nas nuvens...
No hay comentarios:
Publicar un comentario