FOTOAFORISMOS

domingo, 17 de mayo de 2009

desconstruyendo la cobardia



- Não posso mais! Não posso mais!


Isto repetia para si mesmo Célio, quase sempre, quando lhe faltava a coragem necessária para dirigir-se de maneira mais contundente a alguém. Nisto consistia grande parte de sua covardia: crer que é necessário coragem já para dirigir-se a alguém!


Hoje felizmente ou infelizmente, ainda não podemos avaliar, sabemos que a covardia é uma característica inata em alguns indivíduos e jamais lhes abandonará. É certo que conhecemos casos de pessoas que sempre foram covardes e de um momento para outro enfrentam, adiantando-se a outros, condições de risco para solucionar ou salvar uma situação em que nos encontramos com uma emergência. Mas muito cuidado: isto é muito literário, porque na verdade a covardia continuará no coração deste herói ocasional, ainda que este goze por largos anos dos frutos de sua façanha. Este próprio herói, ao ouvir as primeiras ovações dirigidas a ele, saboreará a alegria dos que regressam vitoriosos de uma batalha. Sorrirá aliviado. E sentirá que superou este obstáculo do espírito que lhe impedia viver com plenitude.


- Um momento, por favor, meu senhor.


Disse isso quando este já havia dado mais de três passos lentos e decisivos – isto se presume ao se levar em conta que havia mirado firmemente aos olhos de Célio depois de ter dito o que disse.


Célio pensou que já era tarde para contestar.


O senhor a quem dirigiu estas palabras, mostrou a intenção de deter o corpo, ainda que já estivesse decidido, mas também pensou que era tarde e deixou que acontecesse o passo seguinte.


Célio não continuou insistindo com o senhor com as mesmas palabras assim que decidiu dar um basta. Mas bem...teve medo pois, uma antiga sensação conhecida lhe saltou como um grito de reação: a de que esta situação que enfrentava agora mesmo, havia ocorrido por que este senhor se havia dado conta de sua covardía e quis expô-la como uma debilidade. E evitando pigarrear apoiou-se sobre o mostrador seu corpo e suas mãos e disse:


-Creio que nos equivocamos, senhor.


Disse isto tentando tirar qualquer tonalidade que sugerisse humildade ou servidão.


E aqui reside um aspecto diferencial entre covardia e a coragem do valor-próprio que em geral se percebe em qualquer indivíduo. Na covardia é expressão de raiva contra si mesmo qualquer tipo de cuidado na linguagem que se emprega. Este cuidado já é desdém, desprezo próprio. E o próprio covarde sente que isto é uma debilidade energética, de valor próprio. O valor para lançar-se a situação que se apresenta e buscar na atitude do outro o seguimento da comunicação. Esta raiva segundo havia entendido no livro “El principe causador de crisis y su naturaleza muerta” de Dae Son, tinha que ser raiva do outro:


“... el enemigo es necesario, o mejor dicho, elegir un enemigo es necesario. Antes de una justificación cualquiera cabe que reconozcamos el siguiente hecho: en general el enemigo lo reconocemos porque su fuerza ante nosotros y su poder nos hace daño y sobretodo porque nos expone, enseña y confirma alguna evidencia de debilidad. Además el poder este que el enemigo posee no nos gusta que se alargara. Sin embargo este enemigo nos hace falta para que reconozcamos al menos con algún interes nuestras debilidades, y lo mas importante es que nos ofrece la oportunidad de ponermos a prueba nuestras artimañas hacia al reconocimiento de la debilidad ajena.
Esto no tienen nada que ver con una apologia del ódio, o de la inimistad, o de la competitividad (esta de imaginar el otro como un adversário a ser superado), pero ante todo es un reto necesario para expurgar cualquer debilidad en nosotros. Si somos sinceros y prescutamos nuestro íntimo encontraremos la figura de alguién cercano que nos habita como el personaje al cuál instigamos con frecuencia, sin embargo nuestra moralidad contractualista y congregadora nos impide de tomarselo como enemigo o como aquel por lo cual tenemos envidia. Por supuesto se trata aquí de la inevitable envidia que uno tiene de aquel que goza de su sensación de fortaleza. Aquel que no tiene un enemigo es porque problablemente no tiene opinión própia. “Y aquel que no lo busca comete el pecado de la conveniencia y cotidianamente apretatrá cada dia el lazo ahorcador de la envidia per si y de la debilidad propia.”

viernes, 1 de mayo de 2009

o cancioneiro melancólico


canção - bossa nova


"eu reconheço...não amei / eu reconheço...não sofri
nisto que chamam amar / nisto que chamam sofrer
quando voce se foi / não esperei voce voltar
e antes de poder sofrer / em outros braços me lancei

eu reconheço...não chorei / eu reconheço...não morri
na morte do amor não tombei / e nem sem fim lamentei
pois no dia do adeus / não esperei o mundo escurecer
e antes do rumo perder / outros beijos fui encontrar

mas reconheço...ainda não amei / e reconheço...ainda não sorri
nisto de só em outro amar / se pode novo amor encontrar
e quando isto percebi / não esperei prá te dizer
que depois de voce / não aprenderei a amar

se reconheço que não sofri / se reconheço que não chorei
não se diga que não houve / nem amor e nem querer
quando nossa vida se foi / não quis que mágoa de sofrer
antes com amargo lembrar / me obrigasse a te esquecer"