É um primeiro delito,
Se o primeiro beijo,
Nasce às escondidas.
Quando a vontade de um
Encontra no outro o desejo.
O primeiro amor
É um primeiro conflito
Se o primeiro sexo,
Nasce com parcialidade.
Quando da debilidade dum
Nasce noutro a fortaleza.
É para um coração aflito
Uma primeira crueldade.
Quando ele, com imparcialidade
Dá sem reserva e sem querer
Recebe promessa e esperança.
O primeiro amor
É para acontecer bonito
Um no outro - um reflexo.
Quando nasce vontade
Num de recebendo-dar.
E noutro dar-recebendo.
Amei por delito
Amei por conflito, amei aflito…
Não foi o primeiro
Mas que seja o último, bonito.
Poetando disse o poeta:
Vamos reunir tuas e minhas
Quem sabe nelas vivamos
Nossa última beleza.
Vivendo o dois
Das promessas mundanas:
de dar-se amor sem reserva;
que jamais poderemos cumprir.
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