foto Lori de Almeida |
Pobre viola esta minha
que não aprendeu a cantar.
Infeliz violeiro, este
aqui, que não te ensinou a vibrar...
Agora estás sempre
abandonada junto a mim:
Somos dois em um estado
de se lamentar.
Deve ser porque chorei
diante de ti... E te fiz promessa de não te deixar?
Tente ver... Porque ânsia
plena me tomou... Quando ouvi tua arte em outra de ti se manifestar.
Naquelas cordas entre as
mãos, a viola e um homem.
Todos em pouca luz,
diante dos meus olhos:
Tentei não confundir o
dar com o receber
Que entre eles se
entremeavam
Em arte de
receber-e-dar.
E chorei por tudo que
estava ali e fiz promessa de a ti encontrar.
Mas esta arte não pode
começar por onde alguém imagina acabar
Como pode fazer-se mestre
aquele que antes promete, sem antes nada fazer?
Já me faltam cordas no
coração e tenho poucas para te emprestar...
Desejaram-te tanto as
minhas mãos e tão pouco puderam te dar.
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